Variação de tensão de curta duração vista pelo PRODIST.
No artigo anterior falamos sobre a seção 4 do módulo 8
do PRODIST –Procedimento de Distribuição da ANEEL, que visa regulamentar a
qualidade da energia elétrica nas redes de transmissão e distribuição da
energia elétrica. Neste artigo conheceremos os parâmetros descritos na seção 7
que versa sobre variação de tensão de curta duração ou simplesmente VTCD.
Como já vimos em artigos anteriores, a variação de
tensão de curta duração pode ser classificada em momentânea e temporária
e tem sua classificação em função da duração e da variação da amplitude em
relação ao valor eficaz, como pode ser visto na tabela abaixo:
Pelo Prodist VTCD são desvios significativos no valor
eficaz da tensão em curtos intervalos de tempo e são classificados conforme a
tabela acima.
Para a identificação, o Prodist determina a
metodologia de medição tratado no item 7.4 como podemos ver abaixo:
7.4 Metodologia de medição.
7.4.1 Além dos parâmetros duração e
amplitude já definidos, a severidade da VTCD, medida entre fase e neutro, de
determinado barramento do sistema de distribuição é também caracterizada pela
frequência de ocorrência. Esta corresponde à quantidade de vezes que cada
combinação dos parâmetros duração e amplitude ocorrem em determinado período de
tempo ao longo do qual o barramento tenha sido monitorado.
7.4.2 O indicador a ser utilizado para
conhecimento do desempenho de um determinado barramento do sistema de
distribuição com relação às VTCD corresponde ao número de eventos grupados por
faixas de amplitude e de duração, discretizados conforme critério estabelecido
a partir de levantamento de medições.
7.4.3 Num determinado ponto de
monitoração, uma VTCD é caracterizada a partir da agregação dos parâmetros
amplitude e duração de cada evento fase-neutro. Assim sendo, eventos
fase-neutro simultâneos são primeiramente agregados compondo um mesmo evento no
ponto de monitoração (agregação de fases).
7.4.4 Os eventos consecutivos, em um
período de três minutos, no mesmo ponto, são agregados compondo um único evento
(agregação temporal).
7.4.5 O afundamento ou a elevação de
tensão que representa o intervalo de três minutos é o de menor ou de maior
amplitude da tensão, respectivamente.
7.4.6 A agregação de fases deve ser
feita pelo critério de união das fases, ou seja, a duração do evento é definida
como o intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o primeiro dos
eventos fase-neutro transpõe determinado limite e o instante em que o último
dos eventos fase-neutro retorna para determinado limite.
7.4.7 As seguintes formas alternativas
de agregação de fases podem ser utilizadas:
a) agregação por parâmetros críticos - a
duração do evento é definida como a máxima duração entre os três eventos
fase-neutro e o valor de magnitude que mais se distanciou da tensão de
referência;
b) agregação pela fase crítica - a
duração do evento é definida como a duração do evento fase-neutro de amplitude
crítica, ou seja, amplitude mínima para afundamento e máxima para elevação.
7.4.8 Afundamentos e elevações de tensão
devem ser tratados separadamente.
7.5 Instrumentação.
7.5.1 Os instrumentos de medição devem
observar o atendimento aos protocolos de medição e às normas técnicas vigentes.
7.6 Valores de referência.
7.6.1 Não são atribuídos padrões de
desempenho a estes fenômenos.
7.6.2 As distribuidoras devem acompanhar
e disponibilizar, em bases anuais, o desempenho das barras de distribuição
monitoradas. Tais informações poderão servir como referência de desempenho das
barras de unidades consumidoras atendidas pelo SDAT e SDMT com cargas sensíveis
a variações de tensão de curta duração.
Como podemos ver, o Prodist define o protocolo de medição e remete os
instrumentos ás normas técnicas. Também estipula que as distribuidoras
acompanhem as medições para serir como referencia de desempenho.
No próximo artigo vamos continuar explorando o
PRODIST, falaremos da seção 5 Desequilíbrio de tensão. Então até lá!
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