4 de outubro de 2014

PRODIST E O VTCD

Variação de tensão de curta duração vista pelo PRODIST.

No artigo anterior falamos sobre a seção 4 do módulo 8 do PRODIST –Procedimento de Distribuição da ANEEL, que visa regulamentar a qualidade da energia elétrica nas redes de transmissão e distribuição da energia elétrica. Neste artigo conheceremos os parâmetros descritos na seção 7 que versa sobre variação de tensão de curta duração ou simplesmente VTCD.
Como já vimos em artigos anteriores, a variação de tensão de curta duração pode ser classificada em momentânea e temporária e tem sua classificação em função da duração e da variação da amplitude em relação ao valor eficaz, como pode ser visto na tabela abaixo:

Pelo Prodist VTCD são desvios significativos no valor eficaz da tensão em curtos intervalos de tempo e são classificados conforme a tabela acima.
Para a identificação, o Prodist determina a metodologia de medição tratado no item 7.4 como podemos ver abaixo:

7.4 Metodologia de medição. 

7.4.1 Além dos parâmetros duração e amplitude já definidos, a severidade da VTCD, medida entre fase e neutro, de determinado barramento do sistema de distribuição é também caracterizada pela frequência de ocorrência. Esta corresponde à quantidade de vezes que cada combinação dos parâmetros duração e amplitude ocorrem em determinado período de tempo ao longo do qual o barramento tenha sido monitorado.
7.4.2 O indicador a ser utilizado para conhecimento do desempenho de um determinado barramento do sistema de distribuição com relação às VTCD corresponde ao número de eventos grupados por faixas de amplitude e de duração, discretizados conforme critério estabelecido a partir de levantamento de medições.
7.4.3 Num determinado ponto de monitoração, uma VTCD é caracterizada a partir da agregação dos parâmetros amplitude e duração de cada evento fase-neutro. Assim sendo, eventos fase-neutro simultâneos são primeiramente agregados compondo um mesmo evento no ponto de monitoração (agregação de fases).
7.4.4 Os eventos consecutivos, em um período de três minutos, no mesmo ponto, são agregados compondo um único evento (agregação temporal).
7.4.5 O afundamento ou a elevação de tensão que representa o intervalo de três minutos é o de menor ou de maior amplitude da tensão, respectivamente.
7.4.6 A agregação de fases deve ser feita pelo critério de união das fases, ou seja, a duração do evento é definida como o intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o primeiro dos eventos fase-neutro transpõe determinado limite e o instante em que o último dos eventos fase-neutro retorna para determinado limite.
7.4.7 As seguintes formas alternativas de agregação de fases podem ser utilizadas:
a) agregação por parâmetros críticos - a duração do evento é definida como a máxima duração entre os três eventos fase-neutro e o valor de magnitude que mais se distanciou da tensão de referência;
b) agregação pela fase crítica - a duração do evento é definida como a duração do evento fase-neutro de amplitude crítica, ou seja, amplitude mínima para afundamento e máxima para elevação.
7.4.8 Afundamentos e elevações de tensão devem ser tratados separadamente.
7.5 Instrumentação.
7.5.1 Os instrumentos de medição devem observar o atendimento aos protocolos de medição e às normas técnicas vigentes.
7.6 Valores de referência.
7.6.1 Não são atribuídos padrões de desempenho a estes fenômenos. 
7.6.2 As distribuidoras devem acompanhar e disponibilizar, em bases anuais, o desempenho das barras de distribuição monitoradas. Tais informações poderão servir como referência de desempenho das barras de unidades consumidoras atendidas pelo SDAT e SDMT com cargas sensíveis a variações de tensão de curta duração.
Como podemos ver, o Prodist define o protocolo de medição e remete os instrumentos ás normas técnicas. Também estipula que as distribuidoras acompanhem as medições para serir como referencia de desempenho.
No próximo artigo vamos continuar explorando o PRODIST, falaremos da seção 5 Desequilíbrio de tensão. Então até lá!

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