26 de dezembro de 2009

OS RISCOS DA INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA “O APAGÃO”.

Recentemente ocorreu um episódio no Brasil que despertou toda a insegurança sobre a necessidade de uma estabilidade na energia elétrica, que foi conhecido como “apagão”. O problema, aparentemente causado por causas atmosféricas e reconhecido pelo governo que precisava de um reforço nas instalações de transmissão e distribuição deste nosso sistema, causou uma série de efeitos danosos aos usuários de energia elétrica, ou seja, 100% dos grandes centros. Foram prejuízos incalculáveis, desde a perda de um sinal de transmissão de um dado, até a perda de uma produção, como citado pela VolksVagem que deixou de produzir naquele período cerca de 1500 carros e 800 motores. Bares e restaurantes ficaram sem ter como calcular a conta dos clientes e também não puderam receber, pois os sistemas, todos automáticos, não funcionavam pela falta de energia. Após este apagão generalizado que assolou cerca de 60% do país, outros pequenos apagões foram relatados, no Rio de Janeiro, em Brasília em São Paulo, etc. Isto mostra que as interrupções são constantes no nosso sistema, e ocorrem principalmente pelas inúmeras variáveis que compõem nosso sistema de transmissão e distribuição de energia. Diante deste cenário e com a experiência e observação do dia a dia, vejo que muitos usuários de energia elétrica não estão preparados para as interrupções de longa duração que é caracterizada pela ausência de tensão em períodos acima de 1 minuto. Uma cena interessante que presenciei cerca de 2 meses. Estava em um posto destes de estrada no interior de São Paulo, e parei para tomar um café. O posto tem aqueles conjunto de mercearia, bar, restaurante e café. O sistema é todo automatizado, com controle por cartão e leitura de código de barras, onde o cliente faz o pedido e a atendente só lança o pedido no número do cartão, e quando você vai pagar, o caixa somente faz a leitura do código de barras e pronto, sua conta esta fechada. Pois bem a empresa investiu alto no sistema automatizado, mas de repente estávamos sem energia elétrica da concessionária e o ambiente ficou as escuras, ou melhor, com as lâmpadas de emergência acesa, mas ai é que vem o caos. O restaurante não possui um sistema de backup de energia, ou seja, nem gerador auxiliar, nem nobreak ou outro sistema que pudesse manter pelo menos o sistema de automação funcionando e foi ai que eu vi o problema e começou o prejuízo. Eu havia tomado meu café e minha compra havia sido registrada no meu cartão, eram compras por Kg, portanto não havia como saber o valor. Não comprei mais nada e os caixas não funcionavam, então ficamos lá por alguns minutos, até que a gerencia decidiu liberar todos que estavam na minha condição sem pagar nada. Haviam cerca de 50 pessoas na mesma condição. Não me lembro quanto eu havia gastado, mas suponhamos que tenha sido R$15,00 em média. Teríamos 15,00 x 50= R$ 750,00 de prejuízo em alguns minutos sem energia elétrica. Este é um pequeno exemplo, com um prejuízo relativamente pequeno, imagine uma empresa que nesta interrupção tem seus sistemas desconfigurados e ao retornar a energia ainda precisa de um tempo maior para ajustar os parâmetros. Inúmeros casos de interrupção de energia e prejuízo são contabilizados e as pessoas não percebem que precisam estar preparados para isto. Invista um pouco mais e adquira uma fonte alternativa de energia para alimentar pelo menos seus sistemas de controle e comando para que o prejuízo não seja maior. Aos projetistas de automação, preocupem-se com a qualidade da energia elétrica que irá alimentar o seus sistema de automação, pois ele pode ficar inútil em caso de interrupção de energia elétrica.
Por Edson Martinho

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezado, boa tarde!

Sobre os prejuizos das empresa com o apagão, das empresas, não das pessoas físicas. quando acontece de danificar as máquinas de uma linha de produção. tem alguma jurisprudencia sobre este assunto?

Alessander